Estado de Calamidade | O Terror das saídas

Terminado (por enquanto) o estado de emergência, estamos agora a viver o estado de calamidade.
Aos poucos as rotinas voltam ao "novo normal", ou seja o que era dado como garantido (por muitos) tem agora novas regras.

Comecei o meu isolamento dia 13 de Março, até hoje saí 3 vezes, uma para um passeio higiénico porque as pernitas e os neurónios assim o exigiram e as outras 2 por motivos de ordem maior ... com todos os cuidados (e mais alguns) e sem vontade nenhuma ...
Uma dessas saídas de força maior foi ontem, portanto no estado de calamidade ...


Pensei que até me poderia sentir mais "à vontade" : "bem ... se agora todos usam máscara, é bem melhor do que há umas semanas atrás em que ia eu de máscara mas corria o risco de me cruzar com aquelas alminhas que acham que isso é para os doidos hipocondríacos", nessa parte estava certa ... cruzei-me com poucas pessoas e vi apenas um sr. sem máscara, quanto ao resto ... a calamidade parece um filme de terror e sabem porquê ? Porque infelizmente entrei num supermercado ...

Eu ... que faço 90% das minhas compras online "há 1000 anos", tive de entrar num supermercado ...
Nesta altura há falhas nos stocks e as minhas compras não são excepção, há sempre algo que falta e infelizmente 3 ou 4 básicos essenciais faziam falta "para ontem" 😓

Acho que as pessoas pensam que a "obrigatoriedade" do uso da máscara descarta a distância social, pois andam já bem mais perto e por isso lá andei eu a fugir das poucas pessoas que estavam (que para mim pareciam bem mais que o permitido por espaço).

Fruta rebentada, legumes com bolor que parecia peluche, prateleiras vazias, pessoas revoltadas e "de mal com o mundo" ...

"Vai ficar tudo bem", acreditam mesmo nisso ?
Tenho algumas dúvidas ...
Ao inicio achei que isto ia mudar mentalidades, que passar por uma pandemia destas ia tornar as pessoas melhores ...
Sabem o que acho agora ?
Que as pessoas boas vão sempre ficando melhores, a cada etapa difícil o amor e empatia cresce ...
As pessoas más ... serão sempre más ... e se houver uma mudança nessas pessoas será "sol de pouca dura" ...

Mas sempre ouvi dizer que "a esperança é a última a morrer" ...

Beijinhos 💋
Cuidem-se 💚



Comentários

  1. Nesta altura já saio muito mais do que na altura desta publicação, mas dou por mim a escolher ruas com menos movimento de pessoas em detrimento de outras ruas onde há maior circulação de peões. Uma das coisas que ultrapassa a minha compreensão, é estar na fila da caixa para pagamento e, embora o chão tenha os autocolantes para o distanciamento entre as pessoas, há sempre alguém que se vai "colando" a nós, desrespeitando as regras.

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